005.09 – VISITA (ziyárat) Á CIDADE DE MADINA
“Na realidade, Deus e os Seus anjos derramam bênçãos sobre o Profeta. Ó vós que credes: pedi bênçãos para ele e saudai-o com respeitosa saudação”. Cur’ane 33:56.
As visitas às cidades de Maka e Madina não fazem parte dos rituais de Haj. Caso as condições económicas o permitam, é aconselhável permanecer mais uns dias na peregrinação, para visitar os lugares históricos, em especial a cidade de Madina, onde se encontra sepultado o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi wassalam).
Quem já foi fazer a Peregrinação e teve a felicidade de visitar a cidade de Madina, encontrou lá conforto espiritual, a tranquilidade e a paciência, que não encontrou em Makka. Em Madina, o peregrino nota uma grande diferença na sua vida, ao ponto de quando regressar à sua terra natal, sentir-se triste por deixar aquele lugar sagrado.
Muitos factores tornam a cidade de Madina num lugar de paz e de tranquilidade. (1)- Encontra-se lá a sepultura do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam); (2)- O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) fez uma prece, pedindo a Deus para dar o dobro das bênçãos que deu a Makka (Relato de Musslim). (3)- Foi a cidade que acolheu o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), quando ele foi obrigado a deixar Makka no ano 622 da era Cristã, conhecida por Al-Hijra, que marca o início do calendário Islâmico.
Para os muçulmanos, existem 3 lugares sagrados que devem ser visitados. Abu Huraira (Radyialahu an-hu), referiu que o Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Não viajai (com o objectivo da visita espiritual), senão para três Massjides (Mesquitas): Al-Massjidil-Háram (em Makka), Al-Massjidil Acssá (Jerusalém) e para este meu Massjid (em Madina)”. Relato de Al Bhukari e Musslim.
A visita a Madina, permitirá ao crente estar mais próximo do Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). É o anseio de todo o Muçulmano em estar junto à campa dele para o cumprimentar. Ibn Omar (Radyialahu an-hu) narra que a tradição consiste em visitar a campa do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) e dizer “Assalamo Aleika Ayu Hannabiyo Warahmatullah Wabarakatuhu” – “Ó Profeta de Deus, que a Paz, a Misericórdia e as Bênçãos de Deus, estejam contigo”. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “No dia do Julgamento Final, a pessoa mais próxima de mim, será aquela que enviou mais durud para mim.” Tirmizi. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu) referiu que Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Aquele que envia Durud perto da minha campa, eu próprio ouço-o e aquele que envia-me Durud longe, é-me transmitido”. Baihaiqui, Mishkat.
A confirmação de que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) sentia compaixão pelo todo o seu Umah (seguidores), não só para aqueles que estavam com ele durante a sua vida, mas também para aqueles que seguiriam as suas orientações depois da sua morte, é comprovada pelo seguinte hadice narrado por Ahmed: O Profeta Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam), uma vez estava com os seus companheiros e disse: “Quando verei eu os meus irmãos?”. E os companheiros perguntaram-lhe surpreendidos, se eles não eram os seus irmãos. E ele respondeu: “Vós sois os meus companheiros; mas os meus irmãos, serão aqueles que acreditarão em mim sem nunca me terem visto”. – Hadice narrado por Ahmed.
Dentro da Mesquita do Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam), existe um pequeno lugar muito procurado pelos visitantes e também pelos residentes, para fazerem as orações e preces. Nas alturas de grande influência, é necessária muita paciência para se encontrar um pequeno espaço. Abu Huraira (Radiyalahu an-hu), referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Entre a minha casa (campa) e o meu mimbar (púlpito), há um jardim de entre os jardins do Paraíso, entre a minha casa (campa) e o meu púlpito, está sobre o meu lago de Al-Kauçar”. Bukhari.
Anass Ibn Málik (Radyialláhu an-hu) narrrou que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “Quem fizer quarenta orações no meu Massjid, sem falhar uma sequer, ser-lhe-á garantida a isenção do fogo, do castigo e da hipocrisia.” (Relato de Ahmad e At-Tabarani).
Anáss Ibn Málik referiu que o Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) disse: “A recompensa da oração obrigatória feita em casa é de uma vez; Na Mesquita é de 25 vezes; Na Mesquita durante a oração de sexta-feira, é de 500 vezes; Na Mesquita Al-Aqsá (Jerusalém) é de 5.000 vezes; na Mesquita do Profeta em Madina (Massjid Nabawi) é de 50.000 vezes; e na Mesquita em Maka (Massgidul Háram) é de 100.000 vezes.” (Relato de Ibn Mája/Michkát).
A Mesquita do Profeta, como também é conhecida, foi o centro importante de liderança e de governação, que se estendeu pelos três sucessores de Muhammad (Salalahu Aleihi Wassalam). A área inicial da mesquita era pequena, cerca de 4.200 metros quadrados. Actualmente, ocupa uma área muito vasta, devido a diversas ampliações a que foi sujeita ao longo dos anos. O Profeta (Salalahu Aleihi Wassalam) referiu: “Se este Massjid for expandido até Saná (Yémene), continuará a ser considerado o meu Massjid”.
Em Madina, encontra-se os seguintes lugares que devem também ser visitados:
– JANNATUL BAQUI, cemitério onde estão sepultados cerca de 10.000 sahabas (Radyialahu an-huma), companheiros do Profeta;
– MONTE OHUD, onde ocorreu a batalha de Ohud;
– MASSJID CUBÁ, é o primeiro massjid construído, cuja primeira pedra foi colocada pelo próprio Profeta. Fazer uma oração na Mesquita Cubá, é merecedor de grandes recompensas por parte de Allah Subhana Wataala. O Cur’ane refere a Mesquita e as gentes de Cubá no capítulo 9, versículo 108. E referiu o Profeta “Salalahu Aleihi Wassalam): “Quem fizer a ablução na sua casa e for fazer a oração na Mesquita Cubá, terá a recompensa de fazer um Umra”. (Ahmad, Na-Nassai e Ibn Majá).
– MASSJID QUIBLATAIN (Dois Quiblas – orientações). É visível na Mesquita as duas orientações para as orações. Uma quando os muçulmanos ainda oravam virados para Jerusalém e outra virada para Maka. (Assunto referido no Cur’ane, 2:143).
– Existem também os seguintes Massjides a visitar, nomeadamente, Jumá, Ghamáma, Abubarkar, Omar, Áli, Al-Ijába e Fath/Ahzáb.
Duá que deve ser feito pelo peregrino, no final da visita à cidade de Madina: “Ó Allah, não faça desta visita ao Seu Profeta, ao seu Massjid, ao seu santuário, a última visita, mas facilita-nos novamente a vinda e a permanência aqui. E conceda-nos o perdão e o bem neste e noutro mundo. E leva-nos para junto das nossas famílias com segurança e com recompensa abundante pela tua misericórdia, Ó Misericordiosíssimo de entre os misericordiosos, ÁMIN”.
Wa ma alaina il lal balá gul mubin” “E não nos cabe mais do que transmitir claramente a mensagem”. Surat Yácin 3:17.
“Wa Áhiro da wuahum anil hamdulillahi Rabil ãlamine”. E a conclusão das suas preces será: Louvado seja Deus, Senhor do Universo!”. 10.10.
“Rabaná af rig ãleiná sab ran wa tawafaná muslimun”. “Senhor Nosso, concede-nos a paciência e faze com que morramos submissos a Ti!”. Cur’ane 7:126
“Rabaná ghfirli waliwa lidaiá wa lilmu-minina yau ma yakumul hisab”. “Ó Senhor nosso, no Dia da Prestação de Contas, perdoa-me a mim, aos meus pais e aos crentes”. 14:41.
Abdul Rehman Mangá